Tudo sobre espelhos
Quando o Imperador fitou o espelho, o seu rosto tornou-se numa mancha vermelha de sangue e depois numa caveira donde escorria mucosidade. O Imperador, horrorizado, desviou o rosto.
Majestade, disse Shenkua, não desvieis o vosso rosto. Só vistes o princípio e o fim da vossa vida. Continuai a olhar para o espelho e vereis tudo o que existe e poderá existir. E quando tiverdes alcançado o máximo de enlevo, o próprio espelho mostrar-vos-á até mesmo coisas que não podem existir...
[Chin Nung, em Bruno Ernst. O mundo mágico de M. C. Escher. Köln: Taschen, 1991]
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